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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Temer e Henrique já não falam a mesma língua


Brasil


Com cinco dias de governo, o vice-presidente Michel Temer já se viu obrigado a atuar como bombeiro para conter o apetite de seu partido, o PMDB.

Em São Paulo, onde participava de uma missa em memória do ex-governador Orestes Quércia, que morreu, vítima de um câncer, no final do ano passado, Temer declarou que não há possibilidade de o PMDB vir a aprovar um valor para o salário mínimo maior do que o pretendido pelo governo.

Essa hipótese foi aventada por uma declaração ontem (4) do líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), como reação às insatisfações do partido na disputa por cargos no governo.

“O PMDB disse que vai discutir no Congresso, mas que só vai votar o que for possível para o Tesouro. O PMDB não vai votar contra o governo”, assegurou Temer.

Ontem, Henrique Eduardo Alves declarou que não estava “seguro” quanto ao fato de R$ 540 ser o melhor valor para o salário mínimo neste momento. E que o partido, assim, iria procurar conversar e pressionar a equipe econômica a discutir um outro valor.
Diante da pressão peemedebista e das brigas com os demais partidos da base, a presidenta Dilma Rousseff resolveu suspender as nomeações para o segundo escalão do governo para fevereiro, como forma de tentar evitar que eventuais insatisfações atrapalhem a eleição dos novos presidentes da Câmara e do Senado, que deverão ser Marco Maia (PT-RS) e José Sarney (PMDB-AP), respectivamente.

Temer disse ainda em São Paulo que conversou com os líderes do seu partido e pediu a eles “calma” neste início de governo.

Congresso em Foco

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