Salitre - CE - Polcial.
Ag Miseria.
Por volta das 6 horas de ontem a
polícia desenterrou o cadáver com a ajuda de parentes e vizinhos no Sítio
Baixio em Salitre. Sua mulher, Luiza Judite do Nascimento, de 49 anos, que
trabalha na limpeza do hospital municipal de Salitre, foi presa e o filho menor
de 16 anos apreendido para uma conversa com o delegado Sérgio Pereira. Antes
disso, toda vez que alguém perguntava por "Zé Gato", a mulher dizia
que ele tinha viajado à Brasília em busca de emprego e só voltaria em um ano a
fim de apanhá-la para ir morar na capital do país.
De concreto, ele costumava
ingerir bebidas alcoólicas e, certo dia, Judite colocou duas ampolas de
Diazepan, que havia furtado do hospital, em uma dose de aguardente quando
serviu ao mesmo. Momentos depois ela saiu para o terreiro e se deparou com o
marido caído achando que estivesse embriagado. Daí, teria enrolado o mesmo em
um cobertor, o arrastou para dentro de casa e foi até o centro da cidade
resolver algo. No dia seguinte notou que "Zé Gato" ainda estava
desacordado
Ela teria tentado conversar com o
companheiro e desconfiou que o mesmo tivesse morrido. Foi quando chamou o filho
e tratou com o adolescente sobre a morte do pai combinando de sepultá-lo no
chiqueiro convencendo o garoto a não comentar sobre o assunto. Foi quando
Judite passou a espalhar a história da viagem, sempre falava em
"saudades" e afirmava para os familiares dele sobre constantes
contatos telefônicos com o companheiro.
Na localidade, todos já começavam
a desconfiar da história da mulher a qual, na última segunda-feira, decidiu
contar a verdade para um irmão dela que reside em Brasília. Não esperava,
entretanto, é que o seu próprio parente ligasse para familiares do vaqueiro
contando o que tinha acontecido. Imediatamente, o fato foi levado ao
conhecimento da polícia quando o delegado Sérgio Pereira a chamou para uma
conversa.
A cada instante, a autoridade
policial percebia contradições no que narrava Judite. Para que tudo fosse
passado a limpo, ele quis saber o contato telefônico de "Zé Gato" o
qual, estranhamente, foi negado e a mulher não demorou a confessar o crime com
bastante frieza, mas por motivos ainda desconhecidos.
Após isso o clima se
tornou tenso já que familiares do vaqueiro tentaram linchar mãe e filho o que
não ocorreu devido a intervenção da polícia. Por questões de segurança ela foi
transferida para a cadeia de Barbalha, onde existe, inclusive, cela feminina.
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