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Do Novo Jornal.
Se no dicionário a palavra “grafite” não varia nem deixa
dúvidas sobre o seu significado – um mineral -, no mundo da música existe até
então duas variações distintas. A primeira, escrita com “E”, nasceu no Rio de
Janeiro, no início dos anos 80 e atingiu grande sucesso ao lançar o hit “Mamma
Maria”. A segunda é potiguar, fundada em 1988, substitui o “E” por “H” e
acumula força no Rio Grande do Norte.
No momento, a trajetória das duas bandas esbarra na
justiça. Garantindo ser detentora da marca no INPI (Instituto Nacional da
Propriedade Industrial), a Grafite carioca ajuizou uma ação contra a Grafith
potiguar, exigindo que esta pare de usar o nome imediatamente. Por enquanto, os
dois grupos preferem não comentar sobre os tramites judiciais, mas afirmam que
seus advogados estão cuidando do caso.
Júnior Grafith, que além de ser um dos líderes da banda
também é vereador de Natal, conta que a ideia para o nome do grupo ocorreu de
forma despretensiosa, durante uma reunião em família, quando varias sugestões
foram cogitadas. “Não havia nenhuma banda registrada em território nacional com
esse nome”, garante. “Nós não criamos uma identidade do dia para a noite. São
25 anos de história que já nos levou para o Sudeste, incluindo o Rio de
Janeiro, onde estivemos no ano passado. Nunca houve problema. Só agora que isso
aparece?”, questiona.
Do outro lado do confronto, Chico Donghia, um dos três
irmãos fundadores da banda Grafite, conta à reportagem, por telefone, que eles
não tiveram conhecimento sobre a existência da banda potiguar nos anos 80.
“Naquela época não tinha internet. Soubemos quando principalmente o Youtube
começou a sugerir vídeos da banda, já bem depois, nos anos 2000”, afirma,
ressaltando ainda um detalhe que ele diz ter percebido. “Eles puseram o H muito
pequeno, parecendo um E na logomarca. Tanto que aqui, no Rio de Janeiro, eu
cheguei a ver a banda ser anunciada com o nosso nome mesmo”, conta.
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