Rio Grande do Norte-Outros.
Documentos apontam dois depósitos
de Augusto Targino na conta pessoal de José Autran
Uma denúncia e uma ação civil
pública contra o ex-diretor do Instituto de Pesos e Medidas do RN (Ipem),
Augusto Halley Caldas Targino, e o auditor-chefe do Instituto Nacional de
Metrologia (Inmetro), José Autran Teles Macieira, foram apresentadas à Justiça
pelo Ministério Público Federal no Rio Grande do Norte (MPF/RN). Os dois foram
denunciados, respectivamente, por corrupção ativa e passiva; e ainda
responderão à ação por enriquecimento ilícito.
Um convênio assinado entre os
dois órgãos, em 2005, previa que o Ipem se responsabilizaria durante cinco anos
por algumas das atividades do Inmetro no estado. O Instituto de Pesos e
Medidas, contudo, deveria prestar contas e se sujeitar a auditorias do instituto
nacional. Porém, de acordo com o MPF, Augusto Targino, que foi diretor do
Ipem/RN de janeiro de 2003 a abril de 2007, pagou propinas ao auditor-chefe do
Inmetro, José Autran, para evitar avaliações negativas em decorrência das
irregularidades observadas na administração do órgão local.
A ação e a denúncia, ambas de
autoria do procurador da República Rodrigo Telles, ressaltam que há prova
material dos valores pagos em pelo menos duas oportunidades. O primeiro em 7 de
abril de 2006, quando Augusto Targino depositou R$ 4 mil na conta poupança
pessoal do auditor, através de um cheque. A operação bancária foi realizada na
agência do Banco Real, localizada na avenida Prudente de Morais em Natal, e uma
cópia do comprovante foi apreendida durante a “Operação Pecado Capital”.
A operação foi deflagrada em
2011, após investigações apontarem para o desvio de recursos públicos no
Ipem/RN, entre 2007 e 2010, na gestão do ex-diretor Rychardson de Macedo
Bernardo, sucessor de Augusto Halley Targino. Da “Pecado Capital” já resultaram
quase duas dezenas de ações judiciais impetradas pelo Ministério Público
Federal contra os envolvidos nas irregularidades.
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