Mundo - Policial.
A Comissão de Integridade da
Polícia da Austrália anunciou nesta sexta-feira (13) que vai acusar quatro
policiais envolvidos na morte do estudante brasileiro Roberto Laudisio Curti,
de 21 anos, por disparos de armas de choque elétrico (taser) após uma
perseguição em Sydney, em março de 2012A comissão policial informou que, nos
próximos dias, acusará os agentes Eric Lim e Damien Ralph por agressão, e Scott
Edmondson e Daniel Barling por agressão com o agravante de lesão corporal,
segundo a emissora local ABC.
A decisão foi tomada depois que
a promotoria do estado de Nova Gales do Sul recomendou o indiciamento dos
agentes por considerar que existem provas suficientes para acusá-los, após uma
avaliação de um relatório da própria comissão policial.
Roberto morreu ao ter recebido
14 disparos de taser durante uma perseguição que envolveu vários policiais,
pouco depois de a polícia ter recebido uma denúncia de que um jovem havia
roubado dois pacotes de biscoito em uma loja de conveniências no Centro de
Sydney.
Antes do incidente, o estudante
brasileiro havia sofrido um surto psicótico e estava descontrolado pelo Centro
da cidade, após supostamente ter usado LSD.
Um relatório médico sobre a
morte de Roberto determinou, em novembro de 2012, que os agentes agiram de
forma brutal, imprudente e perigosa ao deter um jovem utilizando armas de
choque e spray de pimenta.
Outro relatório do escritório da
Defensoria Pública de Nova Gales do Sul, divulgado em fevereiro, criticou a
investigação da morte de Roberto por não ter identificado nem abordado
adequadamente a suposta negligência policial.
As pistolas de choque elétrico,
que causam descargas de 400 volts, são usadas por forças de segurança em países
como Austrália, Reino Unido e Estados Unidos para render possíveis agressores
em situações que não justifiquem o emprego de armas letais.
No entanto, organizações como a
Anistia Internacional denunciam que os tasers já causaram dezenas de mortes e
também podem ser utilizados como forma de tortura.
Fonte: G1, com agência EFE
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