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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Barbosa pergunta ao governo do Rio se presídios podem receber Jefferson




O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator do processo do mensalão, ministro Joaquim Barbosa, enviou ofício nesta quinta-feira (12) ao governo do Rio de Janeiro para saber se algum presídio do estado tem condições de receber o ex-deputado Roberto Jefferson, condenado no mensalão.
Antes de expedir mandado de prisão, Barbosa enviou à Procuradoria Geral da República e à defesa de Jefferson -- para que ambos se manifestassem -- laudo médico sobre a saúde do ex-deputado, elaborado por uma junta de especialistas do Instituto Nacional do Câncer (Inca). A avaliação concluiu que ele não tem sinais de câncer e que não há necessidade de prisão domiciliar.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu para o STF averiguar se o presídio que eventualmente receberá o ex-deputado Roberto Jefferson tem condições de dar atendimento médico e dieta específica ao ex-deputado. Só depois de obter a informação, dará parecer sobre o pedido de prisão domiciliar feito por Jefferson.
Em documento enviado ao Supremo nesta quinta, Jefferson também indagou se algum presídio teria condições de oferecer a dieta diária que necessita para tratamento de "síndrome metabólica caracterizada por diabete mellitus tipo II, dislipidemia, hipertensão arterial sistêmica e histórico de obesidade mórbida". Segundo ele, essa dieta consiste de queijo branco, pão integral, suco batido com água de coco, salmão defumado, omelete de claras e whey protein (tipo de proteína).
Jefferson passou por cirurgia em julho do ano passado para retirada de tumor no pâncreas. Em dois anos, ele perdeu 20 quilos, conforme os médicos que o atenderam. Atualmente, ele tem desequilíbrio metabólico e restrição alimentar resultantes do tratamento.
O advogado Marcos Pedreira Pinheiro de Lemos, que defende Jefferson, destacou que Jefferson precisa de dieta "extremamente rígida, com acompanhamento nutricional intenso" e que nenhum presídio tem condição de receber o cliente.
"Parece claro, pois, que o sistema prisional não terá condições de prover todo o acompanhamento nutricional necessário para a manutenção da vida do requerente, com alimentação especial e extremamente regrada, em intervalos pequenos de tempo, e hidratação constante."

O advogado diz ainda que as condições de higiene dos presídios também não favorecem o ex-deputado e que "diante de seu já frágil estado de saúde, poderão abreviar seu tempo de sobrevida".

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