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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O governo Vilma e as forças conservadoras


  Rio Grande do Norte

Por Antonio Capistrano 

 Um dos aspectos positivo do governo Vilma de Faria foi à política salarial, basta ver o aumento da folha de pagamento do estado durante o seu governo. Quando Vilma assumiu, em 2003, a folha estava em torno de 80 milhões de reais, ela deixou o governo, em 2010, com uma folha de pagamento beirando os 200 milhões. Foi um aumento significativo, praticamente todas as categorias tiveram os seus planos de cargos e salários implantados, reivindicação histórica dos barnabés estaduais que ela concretizou durante o seu período à frente do poder executivo estadual

 A nossa UERN é um bom exemplo da melhoria salarial, tanto para nós professores como o para o pessoal técnico-administrativo, todas duas categorias tiveram aumento significativo no seu contracheque, tenho certeza que não existe reclamação por parte deles. Mas, não foram somente os professores da UERN que tiveram suas reivindicações salariais atendidas, a maioria das categorias do funcionalismo público estadual, se não todas, teve as suas reivindicações acolhidas pelo governo Vilma, grande parte através dos seus planos de cargos e salários

 Além disso, o governo estadual, durante esse período, realizou uma serie de concursos públicos ampliando e muito o número de funcionários do estado, decorrência do próprio crescimento da demanda dos serviços públicos estadual em diversas áreas. É só olhar um pequeno, mas significativo exemplo, o caso da Defensoria Pública estadual, antes e depois do governo Vilma, sem esquecer de mencionar o excelente trabalho desenvolvido a frente dela pelo Doutor Paulo Afonso Linhares.

 O governo Vilma viabilizou não só a melhoria salarial dos defensores públicos como melhorou muito as condições de trabalho desse setor. A governadora Vilma deu todo apoio ao trabalho desenvolvido pelo Doutor Paulo Linhares, ele tem seus méritos, já demonstrado em outra área, quando ocupou a presidência do IPERN, onde realizou um bom trabalho.

Outro aspecto importante do governo Vilma foi à preocupação com a capacitação do servidor público, para isto acontecer foi criada a Escola de Administração Pública do Estado. Uma escola, exemplo para o Brasil. Ela está sendo materializada, a sede própria da nossa Escola de Administração está sendo construída no campus administrativo, em Lagoa Nova. Essa escola é resultado do excelente trabalho desenvolvido pelo secretário de administração Paulo Cesar Medeiros. 

Portanto, uma das marcas positiva do governo Vilma foi a sua política de pessoal, tanto no aspecto salarial como no de capacitação.

Não poderia deixar de mencionar outro aspecto positivo do governo Vilma, a realização de obras estruturantes em todas as regiões do Estado. Como exemplo, a presença do seu governo em Mossoró. Rosalba, quando prefeita de Mossoró, em discurso, na inauguração da duplicação da Avenida Presidente Dutra, obra reivindicada pelo povo mossoroense e nunca realizada pelos governos, até Vilma assumir o comando do estado, disse: “Vilma fez por Mossoró no seu primeiro ano de governo mais do que Garibaldi em 8 anos”. E é verdade, mas, não foi só em Mossoró que Vilma deixou sua marca com obras importantes, vamos encontrar a presença do seu governo em todas as regiões do estado, são: pontes, estradas, adutoras, programas de desenvolvimento econômico, além de ações na área da assistência social. Essa história que o Estado está falido é conversa para boi dormir. Vilma pecou na área política. Ela, como outros que tentaram formar uma terceira força política, cometeu o mesmo erro, não procurou formar esse novo grupo com pessoas sem os vícios políticos e nem vinculação com as oligarquias tradicionais.

Claro que ela para chegar aonde chegou precisou fazer alianças com grupos tradicionais, até porque a sua origem estava vinculado a esses grupos, mas depois, não.   A primeira eleição de Vilma para o governo do estado (2002), disputando com os dois principais grupos oligárquicos do estado e seus penduricalhos, ela venceu sem contar com nenhuma estrela da política potiguar ao seu lado, derrotou Maia/Rosado, Alves/Rosado e os seus penduricalhos, em uma eleição histórica, foi à grande oportunidade de mudança na política potiguar, era a esperança da renovação dos quadros políticos do estado.

A aliança feita com as velhas raposas da política estadual descaracterizou o seu governo e, o momento singular das mudanças políticas que se oferecia se perdeu mais uma vez, resultado da astucia da nossa elite política. Os oportunistas de sempre tomaram conta do governo, terminando por derrotá-la na sua tentativa de consolidar a sua liderança. Hoje as oligarquias tradicionais estão mais forte do que nunca, e o pior, sem uma perspectiva de renovação no cenário político estadual.
                                             

Antonio Capistrano – foi reitor da Uern é filiado ao PCdoB


Fonte; Blog do Henriqeu Aurelio

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