Serra Branca-PB-Policial.
Fonte: Portal Correio
O Ministério Público do Trabalho,
o Ministério do Trabalho e Emprego e a Polícia Rodoviária Federal apuraram
denúncias anônimas e confirmaram a existência de trabalho escravo na zona rural
do município paraibano de Serra Branca e irregularidades nas atividades de
alguns trabalhadores do município de Água Preta (PE).
As denúncias chegaram à juíza
titular da Vara do Trabalho de Monteiro, Maria Lilian Leal de Souza, por carta
anônima. Ela disse que recebeu informações sobre trabalho clandestino na região
do Cariri paraibano e solicitou à Procuradoria do Trabalho uma investigação dos
fatos.
Na zona rural de Serra Branca
(cidade da região do Cariri paraibano, que fica a 234 quilômetros de João
Pessoa), em estabelecimentos localizados na Pedreira do Tamboril e Pedreira do
Sítio Serra Verde, foram encontrados 21 trabalhadores sem registros na CTPS e
em condições de trabalho degradantes. Segundo o relatório do MPT, os empregados
trabalhavam por produtividade e não eram fornecidos Equipamentos de Proteção
Individual (EPI’s). Click abaixo e leia materia completa.
A equipe constatou, ainda, que
havia manuseio de explosivos de forma artesanal e sem nenhum treinamento
prévio, além da área não possuir sinalização e plano de emergência. No total,
foram constatadas 36 irregularidades.
Durante a operação, os
trabalhadores receberam o pagamento das verbas trabalhistas que juntas
totalizaram pouco mais de R$ 60 mil e indenização por dano moral coletivo no
valor de R$ 10 mil.
Os Auditores Fiscais do Trabalho
ainda entregaram ao responsável pelo local 16 autos de infração com as
irregularidade encontradas. O proprietário assinou um termo de ajustamento de
conduta que obriga o total cumprimento da legislação trabalhista em vigor.
No município de Água Preta (PE)
também foram verificados vários trabalhadores ruais em condições de trabalho
inadequadas e a fiscalização feita por autoridades daquele estado.
Dentre as 23 omissões
trabalhistas, a empresa Cachool Comércio e Indústria S.A não disponibilizava
instalações sanitárias em número adequado e também não fornecia EPIs aos
trabalhadores.
Os empregados afirmaram que não
havia férias anuais ou depósitos fundiários. Diante das condutas ilícitas, a
empresa teve 20 autos de infração lavrados por conta das irregularidade
constatadas.
Ao todo, 3.508 trabalhadores foram
beneficiados com a operação.
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