São Paulo-Policial.
O vídeo
mostra pessoas usando paus para quebrar os vidros de uma viatura da GCM. Em
seguida, a câmera mostra o momento em que o Fusca estacionado próximo à praça
Roosevelt pegou fogo. As imagens foram obtidas pela Polícia Militar.
Algumas
pessoas tentaram empurrar o carro e insistiam para que os ocupantes deixassem o
veículo. Itamar tentou dirigir o Fusca em chamas e manifestantes gritaram para
que ele saísse do carro.
Itamar deixa
o veículo, mas continua próximo, até ser afastado por alguém que acompanhava
ação. Uma pessoa encapuzada chega a entrar no carro e, em seguida, o interior
do Fusca se incendeia por completo.
Sem intenção
Aos
parentes, o serralheiro Itamar Santos, de 55 anos, contou que dirigia pela
região da Consolação quando viu outros dois carros passarem sobre barricadas em
chamas colocadas pelos manifestantes. Ele resolveu seguir o mesmo caminho, mas
um colchão em chamas se prendeu ao carro. O serralheiro ainda tem dúvidas se a
peça não foi chutada por um manifestante ou se ela acabou se prendendo ao
assoalho sem a ajuda de algum mascarado.
Quando
acabou no meio da confusão, Itamar voltava para casa depois de participar de um
culto na igreja evangélica da qual particip
A estagiária
em recursos humanos Lívia Santos, de 25 anos, filha de Itamar, acredita que os
manifestantes não queria colocar fogo no carro. "Acho que eles não tiveram
essa intenção", comenta. Apesar da dúvida, a família condena o vandalismo.
"A gente entende que é desnecessário, não adianta queimar o que não é seu,
acabar atingindo pessoas inocentes", afirma Lívi
A família celebra ninguém ter se ferido, mas
já estuda para processar o Estado para recuperar o prejuízo com o Fusca ano
1975. "Como a gente paga impostos, é mais que obrigação o Estado oferecer
segurança", disse.
O carro foi
um presente do irmão, recebido há cinco anos. Um bagageiro no teto servia para
transportar as estruturas de ferro feitas pelo serralheiro. Um dia antes de
pegar fogo, o carro tinha passado pela inspeção veicular ambiental da Controlar
e foi aprovado, segundo a família.
Vandalismo
O incêndio
no Fusca foi uma das consequências dos atos de vandalismo cometidos por
mascarados na região central. O ato, que começou pacífico, chegou a reunir 2,5
mil pessoas.
Entretanto,
cento e trinta e cinco manifestantes foram detidos e liberados neste domingo
(26). Eles foram presos sob a suspeita de danos na região do protesto. Além do
Fusca e de um carro da GCM, black blocs destruíram vidraças de agências
bancárias e concessionárias.
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