Ceará-Policial.
O suspeito é pai de uma amiga da
vítima, que foi encontrada morta na segunda-feira (9), em uma obra. Ele foi
preso na quarta-feira (11) e nega que tenha cometido o crime. Segundo o
delegado regional da cidade, Jean Carlos Arruda, testemunhas disseram que viram
o suspeito com a garota no dia em que ela desapareceu. Foragido do regime
semiaberto, o homem foi preso porque há um mandado de prisão em aberto contra
ele, por tentativa de homicídio. Ele também tem passagem por estupro.Detentos do presídio de Catalão,
no sudoeste goiano, não querem que o pedreiro de 37 anos suspeito de estuprar e
matar a menina Iasmin Martins de Souza Silva, de 8 anos, fique preso no local.
Para isso, eles fizeram uma rebelião na tarde de quinta-feira (12). Com a
confusão, quatro detentos e um agente penitenciário ficaram feridos.
Do lado de fora, vários tiros
foram ouvidos. Parentes dos presidiários estavam apreensivos. As ruas próximas
à cadeia tiveram que ser interditadas, e dezenas de pessoas foram para a porta
do presídio.
Quatro detentos foram atingidos
por balas de borracha. Dois deles precisaram ser hospitalizados, mas já
receberam alta médica da Santa Casa de Catalão. Um agente também ficou ferido e
recebeu atendimento no local. Depois da confusão, vários objetos foram
recolhidos com os presos.
O juiz criminal de Catalão,
André Luiz Novaes, também esteve no presídio. De acordo com o magistrado, não
foi possível transferir o preso. "Tentamos em algumas localidades que
pudessem receber esse preso. Mas, infelizmente, não conseguimos. Os colegas, as
unidades prisionais não querem receber presos. Então, ele ficou aqui em
Catalão".
Crime
Iasmin foi encontrada morta um
dia após ter saído da casa da avó para ir à feira onde a mãe trabalhava. No
entanto, a menina não chegou a seu destino. Após o sumiço, familiares e
policiais chegaram a procurá-la, mas não a encontraram.
Na segunda-feira, o pedreiro
Luizmar Bernardes achou a menina morta na obra onde trabalha, no Bairro
Paineiras. Ele lembra com tristeza do momento em que viu a menina.
"Cheguei e nós [outros
colegas] trabalhamos um pouquinho. Quando olhei lá dentro, me deparei com a
criança morta e chamei outro colega meu para olhar. É triste de ver. A cena é
lamentável", disse.
O padrasto da vítima, Roberto de
Sá Silva, contou que soube da morte por telefone. "Um tio meu estava
ouvindo rádio e me ligou avisando que haviam encontrado uma menina morta. Fui
para o local com minha esposa e, infelizmente, era ela."
A mãe da criança, Leidia Martins
Pereira, afirmou que a garota passava várias horas por dia na rua. Segundo ela,
a filha era muito comunicativa e falava com qualquer pessoa na rua. "Para
ela, não tinha estranho", afirmou.
Leidia falou ainda que, nos
últimos dias, a filha apresentava um comportamento diferente. "De uns dois
dias para cá, ela não estava bem e ficava na rua até as 23h30. Estava difícil
[lidar] com ela. Ela estava nervosa, parece que sabia o que ia acontecer,
desinquieta lá dentro de casa", relatou.
Fonte: G1
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